Olá, pessoal, esta é a mais nova edição da newsletter do GTec, recheada com as conclusões da nossa leitura de François Laruelle, além de Bernard Stiegler, Yuk Hui, Jacques Derrida e seus computadores, affordances digitais, processadores de texto, objetividade, botânica e racialização, entre muitos outros assuntos.
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Próximo encontro
Em sessão dupla, nos dias 23/06 e 30/06, sempre a partir das 19:30, o GTec retoma a filosofia da técnica de Bernard Stiegler, autor que animou nossas discussões durante todo o segundo semestre do ano passado.
Podemos dizer, de maneira devidamente “Stigleriana”, que esse retorno é também um avanço, já que propomos a breve incursão no segundo volume de Técnica e Tempo. Nesse segundo livro da trilogia, o pensamento de Stiegler se concentra na noção de “desorientação”, termo que define tanto uma dimensão originária da técnica, como invenção de aparatos e sistemas de orientação dos modos de ser no mundo (o que não deixa de estabelecer, no mesmo movimento, os modos de perdê-lo em desorientação), quanto o sintoma mais pujante do estado da técnica no momento contemporâneo, de paroxismo das tendências à velocidade e à aceleração tecnológica a partir das revoluções industriais. É apenas nessa coincidência entre a desorientação como efeito colateral e como fundamento originário que uma verdadeira filosofia da técnica se permite a ser sistematizada no século XX. Nosso interesse pelo tema da desorientação implica na seleção do segundo capítulo “The Genesis of Disorientation” como item de leitura principal do encontro, acompanhado da introdução do livro como material complementar. No capítulo, Stiegler examina como a técnica, enquanto habilitadora de retenções, é sempre também uma exteriorização da memória, uma tendência que está no centro tanto da formação cognitiva humana em sentido mais geral quanto da diversidade étnica que instancia a técnica em quadros singulares.
Com o amparo da introdução do livro, que faz uma revisão dos principais argumentos de Técnica e Tempo, vol.1, esperamos encontrar nexos importantes entre o pensamento de Stiegler e o de Yuk Hui, a quem dedicaremos nossas atividades do segundo semestre desse ano.
A introdução e o capítulo 2, “A gênese da desorientação”, estão disponíveis em francês, inglês e espanhol na pasta do GTec no Google Drive.
O link para os encontros estará disponível no site da APPH nos próximos dias.
Caderno de campo: Laruelle
Nossa tão esperada leitura de François Laruelle, nome que circula nos encontros do GTec desde a primeira leitura de Denise Ferreira da Silva, finalmente aconteceu. E, de tão difícil que era o texto, foram necessários dois encontros para formular um entendimento mínimo do que ele propõe em “La technologie première”. Brincadeiras à parte (ou não), os dois encontros, nos dias 18 e 25/05, foram bastante úteis para marcar - talvez - um ponto de inflexão em que podemos dizer que finalmente entendemos algo sobre a relação entre humano e tecnologia. O que aprendemos? Só lendo o caderno de campo para aprender:
1. Em primeiro lugar, é necessário entender o vocabulário e a estrutura de pensamento do pensador - mas não filósofo! - francês. Com isso, contamos com a arguta introdução de Pedro Drumond a sua obra.
O passo inicial, destacou Drumond, é estar ciente da posição de Laruelle contra a filosofia. Essa posição, que não deixa de se expressar filosoficamente, é pautada, no entanto, pela contraposição consciente à tradição filosófica. Ele não foi, como destacou Drumond, o primeiro a se posicionar de tal maneira - Nietzsche é um nome que vem imediatamente à mente -, mas existem especificidades que valem a pena ressaltar.
Uma delas é a crítica ao que Laruelle considera ser o princípio de autossuficiência da filosofia. Esse princípio de autossuficiência se expressa, numa primeira forma, como a compatibilidade entre o pensamento filosófico e o mundo, reduzindo o mundo à filosofia. Numa segunda dimensão, por sua vez, a autossuficiência da filosofia é resultado da pressuposição de uma decisão que estabelece a relação do pensamento com o mundo.
Como Laruelle destaca, estamos “condenados” à filosofia, já que a ação parte de uma decisão que é simultaneamente uma distinção conceitual. O princípio da não-filosofia, assim, é a busca de um pensamento que evite essa tendência à filosofia e estabeleça outra relação entre pensamento e mundo.
2. Para isso, o que Laruelle deseja fazer é uma “ciência da filosofia”, tratando a filosofia como objeto, em vez de compreender a filosofia como instrumento para conhecer os objetos do mundo.
Nesse sentido, Laruelle estabelece uma distinção entre pensamento e conhecimento que demarca a distinção entre filosofia e ciência, uma constante de sua obra. Existiria pensamento sem conhecimento e conhecimento sem pensamento. No primeiro caso, temos a filosofia, que pensa, mas nada diz do mundo, enquanto no segundo caso temos a ciência, que age sobre o mundo mas não precisa necessariamente “pensar”, isto é, elaborar causas primeiras.
De maneira mais pesada, o que Laruelle critica na filosofia é sua aproximação com o capital. Em outras palavras, tanto a filosofia quanto o capitalismo são estruturas de expropriação de inteligibilidade, convertidas em valor. Sua proposta é um pensamento que não reduza o real.
3. Uma expressão disso é a recusa do Ser em seu vocabulário filosófica, pois o Ser é justamente o dispositivo inventado pela filosofia para adequar seu discurso àquilo que é capaz de perceber no mundo, reduzindo o mundo a seu discurso.
4. Outra expressão é a valorização da teoria, que é pensada a partir da perspectiva da ciência. Para Laruelle, a teoria se contrapõe à metafísica e, nesse sentido, a teoria é um instrumento para conhecer a realidade, não um paradigma ou dogma de interpretação do mundo.
5. Um terceiro aspecto, por fim, é o próprio método de Laruelle, que é qualificado por ele como uma “duálise”. A “duálise" implica na operacionalização de dualismos que não são dualidades, no sentido de serem dois termos que não se distinguem de maneira relativa, mas sim absoluta. Em vez da comparação, portanto, Laruelle procede pela multiplicação de dualismo, de modo que seu método propõe transcender oposições sem alcançar uma síntese. Por esse motivo, as diferenças são absolutas, e não relativas.
6. Isso leva, para encerrar o passeio pelo vocabulário do autor, ao Um ou o Real. O Real, para Laruelle, é unilateral. O Real é incondicionado pelo pensamento e, entre pensamento e Real, não existe qualquer partilha. É por isso que o Real é o Um prioritário, uma vez que é Um justamente porque é inqualificável pelo pensamento e, não podendo ser qualificado, também não pode ser dividido em dois após uma decisão filosófica.
7. Tendo abordado esses aspectos, a questão é compreender como ela aparece no texto. A princípio, como destacou Pedro Drumond, o texto é uma aplicação do método filosófico de Laruelle à filosofia da técnica. Nesse sentido, o primeiro ato do proceder do autor é suspender a relação entre técnica e ser da técnica. Isso é feito recusando tanto a definição da técnica a partir ou enquanto qualificativo do Ser que maneja a técnica, como seria feito com Bernard Stiegler, na qual a técnica qualifica a humanidade, quanto na rejeição da definição da técnica a partir do ente, isto é, dos objetos técnicos.
O segundo procedimento é a busca por unificações, como uma teoria unificada da técnica, que recebe, no texto, o nome de “tecnologia primeira”.
8. A princípio, a “tecnologia primeira” é um tipo de saber sobre a técnica que se assemelha ao modo como a ciência estuda seus objetos. Diferente desta, no entanto, ou, talvez, revelando certo traço idealista na visão de ciência de Laruelle, esta tecnologia primeira não reduz a técnica a uma essência prévia tampouco à manifestação dos fenômenos técnicos como objetos. Pode-se dizer que é uma concepção de técnica como objeto afeito à manipulação, de onde provém a compreensão de sua atuação, como destacou Gabriel Gonzaga, enquanto “filósofo no laboratório”;
9. Noutra dimensão, também vale destacar que a essência (da) técnica, dupla possibilidade com a qual o autor trabalha, também não é redutível a sua determinação pelo empírico. Por isso, a essência técnica não se encontra na busca de um elemento comum entre todos os objetos técnicos.
Em certo sentido, o que Laruelle propõe é uma técnica indeterminada.
10. Com isso, chegamos aos principais desdobramentos da reunião. O primeiro é a aproximação entre a não-filosofia de Laruelle e a ideia de geometria não-euclidiana. Nesse sentido, o que Laruelle propõe é um pensamento sem direcionalidade (por exemplo, do sujeito ao objeto).
Isso torna o resíduo de compreensão que é a essência (da) técnica diferente do resíduo de interpretação do estruturalismo, que é aquilo que não se encaixa na estrutura. Para Laruelle, a inadequação do pensamento ao real tem implicações para o pensamento, e não para o real.
Em certo sentido, pode-se começar a estabelecer as relações de um campo de forças em torno da técnica a partir da relação com o resíduo. Em Stiegler, é a intencionalidade do ato, presente na antevisão e na reflexão, que condiciona a tecnicidade do objeto, enquanto em Laruelle, de certo modo, é o que excede a capacidade do pensamento que é denota o aspecto técnico.
11. Ainda na comparação com Stiegler, vale lembrar que este subsume a reflexão sobre a tecnicidade numa elaboração sobre a relação entre orientação e desorientação. Stiegler inverte os pólos de uma filosofia da técnica como a de Günther Anders (ou, mesmo, Heidegger), para quem a técnica produz desorientação, afirmando que a desorientação, de certa forma, é um produto da capacidade de orientação que toda técnica, pelo jogo com o tempo, provê ao mundo.
Laruelle, porém, ao descentrar a técnica do humano e colocá-la para além do pensamento, assim como para além da capacidade de orientação, de certa forma propõe, no que é muito parecido com Denise Ferreira da Silva, que uma saída para os impasses que opõem humano e técnica seja justamente a produção de desorientação, e não seu contrário. É preciso desorientar para orientar.
12. Ironicamente, Laruelle é um pensador que defende o primado do humano, ao mesmo tempo que Stiegler é um filósofo que, esposando certo humanismo, reduz o humano à tecnicidade.
Assim, estabelecem-se os contornos finais do campo de forças da relação humano-técnica a partir da consideração da relação entre esses termos por diferentes filósofos. Como destacou Pedro Drumond, em momento posterior ao debate, é como se Stiegler, ao co-naturalizar humano e técnica, dessencializasse o humano e fortalecesse o vínculo entre humanidade e tecnicidade, o que faz a técnica só existir num mundo humano. Laruelle, por sua vez, ao falar explicitamente em essência inalienável do humano à técnica, distinguindo entre humano e técnica, tendo a manter um mínimo patamar de humanidade que é independente da técnica, assim como de técnica que é independente da humanidade, o que faz a técnica existir - potencialmente - para além da humanidade.
Nesse sentido, a técnica, para Laruelle (e, pode-se dizer, também para Denise Ferreira da Silva), não é condicionada pelo humano tal como é para Stiegler. E isso, de certa forma, faz toda diferença.
Mais Laruelle
Entre um encontro e outro, acumulamos mais material de e sobre François Laruelle. Dentre eles, vale a pena destacar a aula de Rocco Gangue, disponível no YouTube, sobre o conceito de “não-filosofia” do pensador francês. A aula é uma boa introdução e uma espécie de tábua de salvação para compreender seu pensamento, que foi definido por nosso colega Pedro Drumond como um “manual de instruções de objeto que você não sabe qual é”.
Junto disso, também destacamos o trecho “In Praise of the Prophylactic”, extraído do livro Laruelle: Against the Digital, de Alexander R. Galloway. Publicado no seu blog pessoal, o texto é uma breve passagem na qual define - e justifica - a compreensão de Laruelle enquanto pensador “liberal”, aspecto que foi relevante em nosso debate.
Por fim, agora um escrito de Laruelle, novamente Pedro Drumond compartilhou conosco a tradução de um capítulo do novo livro do pensador francês. Intitulado “The Fundamental Questions and Research Programmes for a Study into the NET”, o capítulo faz parte de Le nouvel esprit technologique, publicado em 2020.
No capítulo, Laruelle explora uma relação liminar entre humano e tecnologia, segundo a qual nem o humano é definido exclusivamente pela tecnologia tampouco o humano é alienado pela tecnologia. Para quem tiver interesse, é só clicar no link do parágrafo acima.
Outras referências
Escrita e cosmotécnica. Em inglês, “Writing and Cosmotechnics”, é o nome de um artigo de Yuk Hui repassado entre nós por Gabriel Gonzaga. O artigo parte da Gramatologia, de Jacques Derrida, assim como de Bernard Stiegler, buscando estabelecer o pensamento de ambos em paralaxe. Assim, mais do que resolver a contraposição entre o que eles propõem - se a técnica pode ou não resolver a questão da escrita como problema -, Hui estabelece um campo comum que, ao abordar as diferentes maneiras de conceitualizar a escrita, traz a própria diversidade de inscrições como exemplo de cosmotécnica.
O texto está disponível na pasta do GTec no Google Drive.
O computador de Derrida. Continuando nas referências a Jacques Derrida, uma breve conversa de Twitter resultou no compartilhamento, por André Araújo, que já participou do GTec, do texto “Derrida’s Macintosh”, de Alexander R. Galloway. Publicado no blog de seu site pessoal, o artigo é um exploração do que o autor chama de “mídia a priori”, ou seja, o condicionante medial (e técnico) que condiciona o trabalho do pensamento - ou, melhor, o trabalho de pensadores e filósofos.
Assim, o artigo explora uma série de iniciativas de escavação dos arquivos deixados por Derrida nos três computadores Macintosh que teve em vida, de 1986 até sua morte em 2003. Galloway destaca a importância do computador e do que ele possibilita para o pensamento de Derrida, relacionando a maneira como ele pensava e o modo como organizava seus arquivos, derivando implicações mais amplas a partir do simples uso dessa ferramenta pelo grande pensador francês.
Affordances digitais. De certo modo, o artigo de Galloway toca em aspecto que Ashley M. Scarlett e Martin Zeilinger, em dossiê mais ou menos recentes, definiram como “digital affordances”. “Affordances”, termo substantivado, surgiu no campa da psicologia experimental e da biologia evolutiva para definir a maneira como os indivíduos, em sua dimensão corporal e psíquica, lidavam com o ambiente à sua volta. Agora, porém, em que nossa ação é estendida através de mídias técnicas, como pensar a categoria de “affordances”? O trabalho dos autores, num extenso texto de apresentação ao dossiê, é uma bela exploração da circularidade entre o que o digital possibilita quanto à ação no mundo e do que é possibilitado pelo digital para que lidemos com o mundo. Disponível aqui.
Mudanças de pista. Um exemplo disso, e que pode resultar numa série de histórias técnicas da escrita, é a interrelação entre a história do uso do processador de texto e a história da literatura contemporânea, ao menos em língua inglesa, feita por Matthew Kirschenbaum. Em Track Changes: A Literary History of Word Processing, o autor faz justamente isso, relacionando de. bates da história literatura a seu condicionamento por mudanças nas affordances dos meios digitais de escrita.
Saberes hápticos. “Háptico”, a princípio, é tudo que tem relação com o sentido do tato. Entretanto, na ciência contemporânea, é um termo que tem sido utilizado cada vez mais para abordagens que têm na prática sue principal meio de realização, elidindo a fronteira entre ciência pura e aplicada. Com isso, o que define as abordagens hápticas é que, de certa forma, o procedimento científico é invertido e, em vez de pensar que existem objetos que comprovam uma teoria, é uma teoria que cria os objetos que a tornam válida.
Uma exploração inicial desse momento na ciência contemporânea foi feita no belo livro de Lorraine Daston e Peter Galison sobre a história da objetividade na ciência, disponível na pasta do GTec no Google Drive. Para uma abordagem mais detalhada de um dos principais campos a operacionalizar essa concepção de ciência, vale a pena ler Synthetic: How Life Got Made, de Sophia Roost, que aborda em profundidade as diferentes dimensões do campo da biologia sintética.
Uma epistemologia geral. Ainda com relação a esse aspecto, Pedro Drumond nos lembrou, a partir do debate sobre Laruelle, da existência do Épistémologie générique. Manuel pour les sciences futures, de Anne-François Schmid e Muriel Mambrini-Doudet. No livro, as autoras partem do pensamento de Laruelle para elaborar a ideia de uma epistemologia compartilhada - por isso, genérica - que sirva de base para os diferentes saberes na atualidade, atravessando os debates sobre os limites disciplinares e, por extensão, da própria interdisciplinaridade. Estaríamos, assim, caminhando em direção a uma indistinção disciplinar?
Se alguma alma caridosa tiver o livro ou o acesso a ele na plataforma do CAIRN, o “CNPq francês”, ficaremos bastante gratos.
Rosa e a inteligência artificial. A sempre excelente Revista Rosa, que publicou sua edição de maio há algumas semanas, trouxe um dossiê sobre inteligência artificial que vale a pena ser conferido. O dossiê traz uma entrevista com McKenzie Wark, já citada mais de uma vez nesta newsletter, assim como contribuições de Giselle Beiguelman, Bruno Moreschi, Caroline Carrion e Bernardo Fontes, entre outros, que tratam da relação entre inteligência artificial e a classificação da realidade em suas ramificações pela justiça e pela ciência. Desnecessário dizer que o erro e a falha são parte dessas ramificações.
Para acessar o dossiê, é só clicar no link disponibilizado acima ou aqui.
Botannica Tirannica. Falando nisso, para quem estiver em São Paulo, vale a pena visitar a exposição Bottanica Tirannica, de Giselle Beiguelman, no Museu Judaico de São Paulo. A exposição combina vídeo e instalação para comentar sobre a nomenclatura de plantas e a reprodução de estereótipos racistas, sexistas, misóginos e antissemitas. Um dos destaque da exposição é também o uso crítico de ferramentas de geração de imagens por inteligência artificial, que aliás ganharam certa repercussão nos últimos dias.
A exposição está aberta ao público no Museu Judaico de São Paulo até 18 de setembro deste ano. O horário de visitação é entre as 10h e as 19h.
E, para quem quiser mais mas não pode se deslocar até São Paulo, o canal Tutaméia fez uma extensa entrevista com Beiguelman sobre sua nova exposição. Disponível aqui.
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Arquivo afro-fotográfico. Mudando de assunto, fica a dica para o debate que será promovido pela revista ZUM e pelo Instituto Moreira Salles na última quarta-feira, 08/06. Intitulado “O que é um arquivo afro-fotográfico”, o debate reunirá o fotógrafo Lázaro Roberto e o pesquisador José Carlos Ferreira junto da curadora Denise Camargo para debater a importância da preservação da memória negra no país. A gravação da conversa está disponível no canal da ZUM no YouTube.
Vale a pena também acessar o site do ZUMVI, arquivo afro-fotográfico liderado pelo fotógrafo baiano Lázaro Roberto.
Tecnologia e racialidade. Duas referências sobre a relação entre tecnologia e processos de racialização que surgiram nos últimos dias são, primeiro, o novo episódio da Rádio Terrana, podcast do PimentaLab, da Unifesp e do coletivo Tramadora. Intitulado “O antropomaquínico e a produção de sujeitos raciais”, o podcast conversou com Edson Teles para adorar a relação entre a formação do consenso democrático no país e as tecnologias de produção de sujeitos racializados.
Outra referência, obtida através da newsletter Desvelar, de Tarcízio Silva, foi a criação do Grupo de Pesquisa Comunicaçõa Antirracista e Pensamento Afrodiaspórico, coordenado por Márcia Guena e Paulo Victor Melo. O Grupo de Pesquisa já participará do próximo Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, que acontecerá em setembro na Universidade Federal da Paraíba, em João Pessoa.
Sigam a conta do grupo no Instagram para acompanhar suas atividades.
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